horas acordada a olhar para ti aterrada com a possibilidade de te perder enquanto dormes sem saber se é hoje que te digo se é amanhã que ganho coragem se é um dia destes que te peço para me aceitares apesar das cicatrizes e do coração a um passo da embolia não vá alguém um dia destes cantar-te caetano numa voz de rouxinol sobremaneira mais bonita que a minha ou convidar-te para jantar num lugar cheio de salamaleques que te impressione e te faça nascer um ninho de borboletas na barriga sempre que te leve á porta de casa e se incline para te beijar os lábios até ao dia em que te roube o beijo há muito prometido enquanto eu vos miro de longe olhos marejados as pernas bambas o suor costas abaixo a empapar-me os cabelos e eu a desejar-vos todos os males do mundo porque não há ninguém tão cruel como uma mulher abandonada.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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uma mulher abandonada não sabe que são feitas de confissões as muralhas do coração.
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