quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Desdém.



Odeio-te de um ódio pequenino, de uma raiva comezinha, de um desprezo ensaiado. Quero-te longe, ali ao virar da esquina e nunca mais te ver. Salvo as horas que passar debruçada na janela, em bicos de pés, a prometer a mim mesma que não grito. Quero pôr-te com dono, num avião para o outro lado do hemisfério, sem bilhete de regresso. E fazer paciências em casa, em sobressalto, sempre que ouvir ranger as escadas.

Quero que partas de uma vez, malas e bagagens, sem olhares para trás.
E que me deixes uma pista, um mapa, um enigma por resolver, que me leve até ti todas as noites.

domingo, 12 de junho de 2011

Insónia.



Não sei com que raio de milongas e macumbas te entreténs, mas estás a dar cabo de mim.
Descansa, só te cobro igual insónia.